Dois anos depois …

Foi à precisamente dois anos a esta parte que iniciei este que é um dos mais longos projectos de escrita que tenho em mãos, um simples espaço de meia centena de Megabytes num universo que se estima que tenha alcançado já o 1,1 Zettabytes (1 000 000 000 000 gigabytes), segundo um estudo da Visual Newtorking Index, um projecto que nunca foi por mim visto como um Blog no seu sentido originário, foi sim sempre um projecto estritamente pessoal, com vista a algo mais material e acessível num futuro que, ainda está por concretizar, pois nunca devemos perder a esperança em alcança algo mais um dia, seja esse dia uma real incógnita. No arranque deste projecto propusera a mim mesmo a meta de no mínimo um texto mensalmente, pois com o decorrer da Vida, houve tempos em que a meta foi cumprida por defeito, noutros por excesso e noutros nem chegou a ser cumprida; contudo nem sempre é fácil arranjar inspiração para escrever um texto que cumpra os padrões idealizados para este projecto literário.

O primeiro texto que viu a luz do dia e que marcou o arranque oficial deste projecto foi o “Porque me tratas bem ??” um texto que levou três semanas a ficar tal e qual como está hoje e que tenta vislumbrar uma característica cada vez mais rara na sociedade, e cada vez mais uma palavra com tendência arcaica nos dicionários da nossa língua, o altruísmo; logo desde a sua publicação foi um texto que tocou em muitas pessoas e dos quais recebi os mais diferenciados comentários.

Desde que foi ligado ao mundo este projecto conta já com vinte e cinto textos, num total de 180842 caracteres que compõe um total de 31501 palavras aqui expressa e livres para serem julgadas por quem as lê, palavras essas que terão ou não a capacidade de ter mudado alguma forma de pensamento, mas já mais a mim caberá mudar a cabeça e a mentalidade das pessoas, a diferença dos demais projectos que existem é uma escrita mais pessoalizada e não uma escrita para massas.

No seu percurso de andamento, os textos tocam as mais diversas franjas temáticas, mas rodeiam todos os temas sociais, que para mim, são considerados de especial importância; a própria Morte já aqui o foi por diversas vezes tratadas, não num âmbito de pensamento nela, mas sim na esperança de trazer há Vida a fraca luz do pensamento que se vai desvanecendo com o passar do próprio tempo, este que, por vezes, parece ter diversas velocidades de andamentos, mas na realidade apenas tem um único, os “9 192 631 770 períodos de radiação correspondente à transição entre dois níveis hiperfinos do estado fundamental do átomo de césio 133” que corresponde a um segundo, assim definiu a décima terceira Conferência Geral de Pesos e Medidas realizado em 1967.

Ao se debruçar sobre os mais diversos temas, apenas estou a transmitir parte do modus operandis do meu pensamento e de como é o Mundo aos meus olhos, podê-lo-ia definir como um mundo perfeito, poder até o podia dizer, no entanto estaria a contrarias tudo aquilo que vejo no que a vista alcança. Todos os dias depara-mo-nos com as maiores injustiças, mas na realidade que fazemos nós, sim nós enquanto Povo, enquanto cidadão desta saudosa pátria, reitero uma vez mais a pergunta, o que fazemos Nós humilde Pátria ? A resposta filosoficamente teria centenas ou até mesmo centenas de milhares de variações, no entanto a variação é novamente uma única, e poder-se-á cingir a uma única palavra, N-A-D-A ! Vivemos conformados com aquilo que nos dão e que vamos recebendo em troca de tudo o que damos, ou não fosse o sentimento primordial desta Nação Portuguesa, o Fado e a Saudade, simples palavras que trazem um tal significado tão próprio que apenas Nós, os portugueses, as sabemos interpretar e já mais saberemos explicar, porque são palavras que nos correm pelas veis corpo fora.

Mas enfim certo é, é que já se passaram dois anos desde o arranque desde projecto e até ao momento ainda está Vivo e com muita alma para ser continuado.

Um obrigado a todos os que têm acompanhado o desenvolvimento deste projecto, um obrigado às Tágides que muitas das vezes inspiraram e inspiram algumas das obras que aqui são publicadas e de tantas outras que não vê a luz do dia, foi com este projecto que perdi o medo de ser julgado pelas palavras que escrevo.

A Nós e a Vós um forte obrigado, e uma salva de palmas.