Nau da Bonança – Parte 3 – Terra à Vista

Depois de mais de três anos ao largo daquela estranha costa , decidi, hoje, que esta história devia ser terminada com um final já escrito noutros papiros faz tempo. Espero que gostem do fim desta mini-série.

 Terra à Vista

 

Lentamente Bonança aproximara-se de terra firme, em lugar descartografado, era impossível saber que lugar era aquele, não havia indicação daquele pedaço de chão em nenhuma carta marítima, apenas se sabia que se encontravam no hemisfério Norte, por duas razões pela posição de duas importantes constelações, pela Cassiopeia e pela Orion, nada mais permitia saber que terra era aquela.

Sua Graça o Duque Domingues dera ordem para se aproximarem mais da costa estrangeira, mas mandou colocar todo o lado de bombordo de fronte a terra firme e, mandou ainda, carregar as bombardas e colocar os artilheiros em posição de fogo. Naquele momento ordenou a saída de um bote para Terra firme para reconhecimento. Bonança não distava mais de trezentas jardas da linha de praia. 

Em poucos minutos os emissários foram recebidos naquele improvisado cais, tudo parecia tranquilo e em paz absoluta, aqueles estrangeiros falavam uma língua estranha e imperceptível, mas também se comunicavam por gestos. Receosos pelos então novos estrangeiros naquele território um dos locais surgiu com uma espécie de faca significado que conheciam a nobre arte do metais, e isso causou muita estranheza, mas não criou uma sensação de perigo imediato aos emissários.

Após algum diálogo, o possível naquela situação, os emissários levaram consigo dois dos locais até à Bonança, tinham veste simples mas tratadas, e eram “educados”, lá à maneira deles.

Foi aqui que Sua Graça o Duque Domingues teve uma epifania e apercebeu-se que era aquela a missão que El Rey Dom Eduardo II lhe havia dado! Numa daquelas vestes o Comandante Domingues reconheceu aqueles linhos como produtos da sua Terra, poderia ali estar algo que outrora se perdera.

Com o cair da noite os estranhos passaram a noite na embarcação sempre vigiados por dois homens da coroa e outros dois a vigiavam os movimentos na costa através das fogueiras que os naturais tinham feito.

Pela manhã Sua Graça ordenou a ida de três botes a Terra firme na procura de uma pequena jóia cujo desenho foi mostrado pelo comandante. Era aquela a oportunidade do aventureiro navegador!

Todavia! Deu ordem para que os seus subordinados desembainhassem as espadas e as espingardas ao mínimo sinal de perigo; pois ele sabia que por aquelas terras o perigo espreitava nas sobras.

Chegados a terra firme, decidiram entrar pela floresta dentro, mal sabiam os emissários que a densidade da floresta adensava-se a cada passo. Depois de cinco milhas para o interior os homens foram atraiçoados por sete espingardas carregadas e apontadas às suas cabeças!

Fim da 3ª Parte

Este texto constitui-se como um inédito e não um acontecimento com validade histórica, nem relata qualquer acontecimento com relevância na História de Portugal ou de qualquer outro país. Por favor considere que todas as semelhanças com algum caso real serão mera coincidência factual, sendo esta uma obra ficcional inspirada na sociedade moderna, mas não em casos reais.